Opertuno de bestas

Empurrado para o precipício as asas mapeavam a porventura moldura de entropia nos maiores caminhos de melodia. Eram calmas, serenas e ofuscantes como se todo o mundo tivesse congelado no seu poder do infinito tempo que teimava em sofrer nas mentes do que outrora fora vivo.
As Bestas agora vivenciam uma vida comum no mesmo ser e teimam em desaparecer como os anjos as destinavam. Problemáticas eram estas vítimas dos seus destinos conflituosos em que as suas noções éticas divergiam da toda vivência que as presenciava, agora cada vez mais lógicas e racionais, duvidam da decisão imposta pela autoridade divina.
Esta, que intitulava-se perfeita, castigava todos os que não cumpriam a sua vontade tornando o culto a sua maior força restando às Bestas viverem harmoniosamente escondidas da sociadade para sobreviverem ou então seriam abençoadas.
Nos principios este anjo já questionava a sua sociadade e pretendia aprender mais sobre as Bestas. Esvoaçou sobre a lava rocha procurando uma sociadade de Bestas como era comum no trabalho dos anjos até que encontrou uma. Por opção decidiu em vez de abençoar as Bestas observar as mesmas.
Estas procriavam de forma selvagem para manter a sua espécie e as crianças consumiam Bestas adultas mais velhas.
O anjo, questionava quem teria criado as Bestas e o porquê da sua existencia pois apesar das suas selvagens e curtas vidas tentavam sempre usufruir da melhor forma.
"Chegou a hora" dizia incontrávelmente a guilhotina da saudosa purificação e o anjo tinha de actuar sobre as Bestas mas o anjo já se sentira corrompido e então a guilhotina optou por atuar de forma independente, mas, quando estava prestes a atacar o anjo consumiu as Bestas e disse: "Só assim vou compreender as Bestas", a guilhotina então focou-se contra o anjo e disse antes de atacar: "Pior que uma Besta ou um anjo é um ser humano".

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