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A mostrar mensagens de novembro, 2010

Ele mudou

Ilustre fonte de inspiração Aparece de alguma forma... Já nem escreve com pensamento Coisa que parte dele se torna. Antes ele pensava e pensava... e escrevia Lógicas e raciocínios reflectidos Pronto! Agora escreveu sem pensar Estará ele a perder os seus sentidos? Mudou eu sei mas o que posso fazer? Evitei mas enfim foi maior que eu... Será que quero voltar ao antigo meu? O texto que o corpo sem mente escreveu.

A máquina de escrever

Não pensa, escreve! Não imagina, escreve! Não transpira, escreve! Não desenvolve, desenvolvem-na! Não cria, foi criada! Não expressa, outros expressam! Não sorri, outros riem! Não chora, outros a molham... Não descreve, descrevem-na! Não é automática, é manual! Não é humano um humano, é máquina.
Uns mexem olhos mortos da alegria, Estão satisfeitos os infelizes, Os exigentes tendem facilitar E os tristes sempre festejar. Trabalhoso é o laser, É penoso as pernas estender, Até a cerveja é árdua de beber Para os que nada é fazer. Nos cegos de saudável visão Vistam-se com grande exaustão; O espelho se refaz com falsidade Reflexo de uma vida de inverdade...   Os Fracos com tudo, lutam! Nos músculos os fortes se escondem... Lá no fundo gritam: fujam! Quando de um peixe grande se fingem... E perseguido de cobardia O contrario se contraria. A imaginação que antes fluía Acabou de desaparecer na maresia...

O Sonho do sonho

   Acordei com a sensação de ter libertado mais de mil lágrimas.    Não me surge na minha pesada cabeça o tal maldito sonho… Este músculo é demasiado complexo para a sua percepção. É boa a sensação de esquecimento mas seriam lágrimas de tristeza ou felicidade?    Se de felicidade fossem estarei feliz pela minha perda, seria péssimo lembrar de algo tão bom e não real.     Na alternativa se fosse triste talvez ficasse aliviado por não serem verdadeiros os acontecimentos.     Sonhos que a mente nos proporciona na complexidade dos sentimentos indecifráveis futuramente, se não forem lembrados. Era estupendo possuir o poder do controlo deste dom…    Bem mas anular sentimentos, esquecer as mágoas, seria uma utopia ou maldição? A fuga da felicidade poderia ser cometida e não estariam na nossa memória vestígios destas acções… Enfim questões se colocam na minha parva cabeça. Raios para o meu tramado pensamento não apareças novamente com esse tramado sonho.

Alimento

925 milhões esperam O teu precioso talento. Porque não te ofereceram? Eles cada vez são menos. Barriga cheia outros têm Egoísmo não lhes falta Nem boa saúde contêm Até o colesterol têm em alta! Alimento és cheio de ambiguidade Nuns é cheia a necessidade Noutros vazia é a caridade... Equilíbrio precisamos na sociedade.

Não me sinto

Não sinto amor Não sinto saber Não sinto raiva Não sinto o meu ser Não me sinto... O vazio dominou-me Faz-me voltar... Quero lançar-me, Ser presente e alegrar. Estou inepresente... Apenas quero ir Onde estou presente Onde quero fluir. Onde fica Esse obter? O vazio e o eu Desejam saber.

Greve de Palavras

    Ao escrever este texto estou a por fim há minha pequena greve de palavras que durou cerca de 7 horas e 45 minutos e foi iniciada as 0 horas e 0 minutos e não me perguntem se foi ontem ou foi hoje... foi naquela conhecida barreira que transita um do outro, um tal que intitulo de hotem (ridículo nome, eu sei) mas por um segundo ele dura, 7 vezes por semana, acho que merece algum mérito certo?     Foi árdua, pois passei uma noite em preto pois não via nada alem desta cor. Ela passou-se sem que eu menciona-se uma única palavra e a única voz que ia ouvindo ecoar era na minha mente a questionar as seguintes perguntas: Porque não falas? Porque não dormes? Porque estás acordado e nada fazes? Porque pensas em algo estúpido? Será que alguém pensa em coisas idiotas como tu?     Deu para relaxar, afinal o que pode fazer uma pessoa que faz uma greve tão idiota como uma greve de palavras? Enfim acabei por perder apenas umas meras horas de sono com o estúpido objectivo de não dormir e de não te

Pequeno Ecrã

Pequeno ecrã que enches vista Fazes-me de ti depender Posso até ser alpinista E nem uma perna mexer. Naquele estranho local de milhares Os navegantes imaginam suas viagens E nos locais  por onde pensam andar Deixam vestígios das suas passagens. No mundo que tu mostras Quebras o real convívio A verdade destroças e... Crias-te vicio de desanuvio.

Captador do Vento

Parado vejo-te relaxada mente, As pás esvoaçando com o vento, O meu cabelo se perde e em ti Resulta em nosso fornecimento. Tornando-me as tuas pás Até que sou semelhante A origem é o fim não existem O rodopio é notável e constante.    A esperança arrebatas... Vento, porque pressas? Teu destino desgastas Os sentimentos arremessas. Levado sem querer, Sem me tentar entender, Desejando o meu renascer Para ser possível o viver.

Representação fotográfica

Captas o momento, Falas por mais de mil, És causadora de abolimento E representas qualquer civil. As vezes que mostras ser mesquinha, Montadora de planos infalíveis E mesmo quando és pequenina Mostras palavras não negáveis… Naquele momento quando te vi, pensei Serei assim mesmo como me mostras? Depois de tempo para mim mesmo finalizei: És um momentâneo exterior de amostras. Já te vi em casos de inverdade, Em que de ti só vi falsidade Muitas vezes, absurdidade Mas uma coisa positiva tens: Presas pela originalidade.