Mensagens

A mostrar mensagens de 2010

Um texto um pouco diferente

Natal Pessoas tornam-se falsas Mentiras solidarias contam Mas é Natal, é Natal e Claro! Ninguém leva a mal. Natal é ser solidário, ser amigo do próximo, é a festa em família e também ser o que não se foi quase um ano para muitos... Ou seja muitos guardam a bondade para esta época quase como se fosse um alarme cerebral a dizer: Agora poderás ser uma boa pessoa! Não me levem a mal, não é que não goste do Natal mas porque não fazer um ano natalício? Seria realmente fantástico! Ajudar quem precisa, aproveitar os poucos momentos que sobram em família e o mais complicado de tudo: Tornar a falsidade em verdade! Outro aspecto é o tão famoso egoísmo no que toca aos presentes das crianças, incapazes de raciocinar tão facilmente como uma pessoa mais velha, são bombardeadas com enormes doses de publicidade que lhes cria um enorme bicho do consumismo: querem tudo o que vêm e não têm e no final nunca dão valor ao que lhes oferecem. Porque não dar os brinquedos que não se usam a outros? Ou aqueles

Escuro

Existe o preto predominante Nele um só ser nos tornamos O pânico existe, constante  Será esta a crua realidade? Tenho os meus olhos abertos No escuro já nem pestanejo Estou preso, sei que há saída E a visão mostra-me o desejo. Tantos tons do mesmo visualizo. Ilusão de óptica será o que vejo? Na clara escura cor interiorizo Em meu eu surge o forçado bocejo. Será que quero sair? A cabeça pensa... A mão com a maçaneta conferencia A indecisão na inconsciência pesa Tão quente… Até meu eu inferniza!

Ele mudou

Ilustre fonte de inspiração Aparece de alguma forma... Já nem escreve com pensamento Coisa que parte dele se torna. Antes ele pensava e pensava... e escrevia Lógicas e raciocínios reflectidos Pronto! Agora escreveu sem pensar Estará ele a perder os seus sentidos? Mudou eu sei mas o que posso fazer? Evitei mas enfim foi maior que eu... Será que quero voltar ao antigo meu? O texto que o corpo sem mente escreveu.

A máquina de escrever

Não pensa, escreve! Não imagina, escreve! Não transpira, escreve! Não desenvolve, desenvolvem-na! Não cria, foi criada! Não expressa, outros expressam! Não sorri, outros riem! Não chora, outros a molham... Não descreve, descrevem-na! Não é automática, é manual! Não é humano um humano, é máquina.
Uns mexem olhos mortos da alegria, Estão satisfeitos os infelizes, Os exigentes tendem facilitar E os tristes sempre festejar. Trabalhoso é o laser, É penoso as pernas estender, Até a cerveja é árdua de beber Para os que nada é fazer. Nos cegos de saudável visão Vistam-se com grande exaustão; O espelho se refaz com falsidade Reflexo de uma vida de inverdade...   Os Fracos com tudo, lutam! Nos músculos os fortes se escondem... Lá no fundo gritam: fujam! Quando de um peixe grande se fingem... E perseguido de cobardia O contrario se contraria. A imaginação que antes fluía Acabou de desaparecer na maresia...

O Sonho do sonho

   Acordei com a sensação de ter libertado mais de mil lágrimas.    Não me surge na minha pesada cabeça o tal maldito sonho… Este músculo é demasiado complexo para a sua percepção. É boa a sensação de esquecimento mas seriam lágrimas de tristeza ou felicidade?    Se de felicidade fossem estarei feliz pela minha perda, seria péssimo lembrar de algo tão bom e não real.     Na alternativa se fosse triste talvez ficasse aliviado por não serem verdadeiros os acontecimentos.     Sonhos que a mente nos proporciona na complexidade dos sentimentos indecifráveis futuramente, se não forem lembrados. Era estupendo possuir o poder do controlo deste dom…    Bem mas anular sentimentos, esquecer as mágoas, seria uma utopia ou maldição? A fuga da felicidade poderia ser cometida e não estariam na nossa memória vestígios destas acções… Enfim questões se colocam na minha parva cabeça. Raios para o meu tramado pensamento não apareças novamente com esse tramado sonho.

Alimento

925 milhões esperam O teu precioso talento. Porque não te ofereceram? Eles cada vez são menos. Barriga cheia outros têm Egoísmo não lhes falta Nem boa saúde contêm Até o colesterol têm em alta! Alimento és cheio de ambiguidade Nuns é cheia a necessidade Noutros vazia é a caridade... Equilíbrio precisamos na sociedade.

Não me sinto

Não sinto amor Não sinto saber Não sinto raiva Não sinto o meu ser Não me sinto... O vazio dominou-me Faz-me voltar... Quero lançar-me, Ser presente e alegrar. Estou inepresente... Apenas quero ir Onde estou presente Onde quero fluir. Onde fica Esse obter? O vazio e o eu Desejam saber.

Greve de Palavras

    Ao escrever este texto estou a por fim há minha pequena greve de palavras que durou cerca de 7 horas e 45 minutos e foi iniciada as 0 horas e 0 minutos e não me perguntem se foi ontem ou foi hoje... foi naquela conhecida barreira que transita um do outro, um tal que intitulo de hotem (ridículo nome, eu sei) mas por um segundo ele dura, 7 vezes por semana, acho que merece algum mérito certo?     Foi árdua, pois passei uma noite em preto pois não via nada alem desta cor. Ela passou-se sem que eu menciona-se uma única palavra e a única voz que ia ouvindo ecoar era na minha mente a questionar as seguintes perguntas: Porque não falas? Porque não dormes? Porque estás acordado e nada fazes? Porque pensas em algo estúpido? Será que alguém pensa em coisas idiotas como tu?     Deu para relaxar, afinal o que pode fazer uma pessoa que faz uma greve tão idiota como uma greve de palavras? Enfim acabei por perder apenas umas meras horas de sono com o estúpido objectivo de não dormir e de não te

Pequeno Ecrã

Pequeno ecrã que enches vista Fazes-me de ti depender Posso até ser alpinista E nem uma perna mexer. Naquele estranho local de milhares Os navegantes imaginam suas viagens E nos locais  por onde pensam andar Deixam vestígios das suas passagens. No mundo que tu mostras Quebras o real convívio A verdade destroças e... Crias-te vicio de desanuvio.

Captador do Vento

Parado vejo-te relaxada mente, As pás esvoaçando com o vento, O meu cabelo se perde e em ti Resulta em nosso fornecimento. Tornando-me as tuas pás Até que sou semelhante A origem é o fim não existem O rodopio é notável e constante.    A esperança arrebatas... Vento, porque pressas? Teu destino desgastas Os sentimentos arremessas. Levado sem querer, Sem me tentar entender, Desejando o meu renascer Para ser possível o viver.

Representação fotográfica

Captas o momento, Falas por mais de mil, És causadora de abolimento E representas qualquer civil. As vezes que mostras ser mesquinha, Montadora de planos infalíveis E mesmo quando és pequenina Mostras palavras não negáveis… Naquele momento quando te vi, pensei Serei assim mesmo como me mostras? Depois de tempo para mim mesmo finalizei: És um momentâneo exterior de amostras. Já te vi em casos de inverdade, Em que de ti só vi falsidade Muitas vezes, absurdidade Mas uma coisa positiva tens: Presas pela originalidade.

Moda

Muitos te seguem Ainda te veneram Outros te repelem Até de ti esqueceram. Tu defines a normalidade Mas os por ti vidrados originalidade lhes falta E na realidade nunca passam de uns anormais enfeitiçados. Que poderes mágicos tens? Quem te dá o maldito direito De nos retirar a originalidade? Como odeio o sucesso desse feito... Sem nos apercebermos te seguimos Alteras o nosso pensamento Nos quebras lentamente as asas Resultando em descontentamento.

Quem és, meu eu?

Nunca conheci tal pessoa; Todos os outros o podem fazer. Apenas a eles se afeiçoa E o conhecimento dele podem ter? Não direi como ele é Isso sim acontecerá de facto Porque não me dizes tu? Na minha mente é e será abstracto! Ele gosta de ser igual, Ele gosta de ser original. Mas afinal do que gosta ele afinal? Para o estudo dos seus factos Nem a si mesmo o eu se conhece; É escusado perceber os passados actos... O cérebro os seus limites favorece.

Ideias

Vidro transparente que as bloqueias Dás-me permissão para elas por ti saírem? Elas são as minhas pequenas princesas Tenta não as forçar a fugirem. Ordinária prisão deixa-me usar delas, Deixa-me mudar esse teu aspecto, Deixa-me viver com elas, Deixa-me possui-las com as suas vontades, Deixa-me... Ao menos esse tal direito divino me ser dado. Oh porque és divino? Assim não te posso ter… Controlo total me é negado. As vezes a prisão tenho de conter e… Agora gostava de as ter como meu atrelado.

Viagens Mentalmente Vividas

De Roma parte de mim partiu. Ai as ideias a mente misturou e as fez trocadas... Sonhos quebrados aos quais eu sobrevivi Faces pelo pensamento desfocadas. Por Timor-Leste me fartei de viver, Sobrevivência assim não é para mim... Forçadamente graças a ti me vi crescer E por lá desapareceu a familiar face crua e tristonha. De seguida por Montejunto acelerei o passo Minhas enormes botas por ali caminharam. No final dele me separei... Poderá ter sido um atentado? Agora no Algarão vivo Por estradas agora preenchido... No passado uma superfície abatida Justa contigo foi a vida.

Sexo

Quando nos une Pode ser fabuloso, Separando na tragédia Igualmente; desastroso... Prazeroso, excitante e sincero Reflexo exagerado de tudo o já sabido? Ou divertida e frustrante mentira Que sonhamos nunca ter vivido? Nos lençóis o enlace ocorre Por vezes exterior melhor sabe, Para o lago as almas se olham Esperemos que a visão mostre a realidade. Amor num ponto surge a tua necessidade Esperemos que ele se porte convenientemente Bom convidado será ele? Aguardo que não sejas aquele nada presente. Os olhares pouco se cruzam Mas em cada intercepção Algo semelhante a uma bomba Na sua primeira e última explosão. ImpulsÃO, acelaraçÃO, AlucinçÃO e para finalizar a árdua separaçÃO  Os 4 ãos essenciais os denomino, Apenas um deles nem sempre é totalmente cumprido. Molho em seco desprezo Honesto e misterioso louvo, Adoro quando sentido E de o apreciar em louco... Nossos mundos se unem parcialmente A grande sonoridade é ouvida, As vezes pretendemos notavelmente Que a vontade de repetir nã

Merda

Nunca vi uma palavra tão discriminada Mas mesmo assim ela é popular E por muitos imensamente é usada. Tem o significado de necessidade fisiológica, De algo imensamente detestável E inúmeras vezes para expressar o ódio Será que tens um verdadeiro eu amável? Pobres coitados os que se comparam a ti Porque te chamam de Palavrão? Tanto em letras como em valor és tão pequena Nem sequer apresentas uma real razão. Não me leves a mal pois já te usufrui Orgulho momentaneamente sem querer o perdi E assim por agora me despeço de ti.

Consumidor de pastilha elástica

Usas a moeda de troca Rasgas o plástico repentinamente, Tiras o momentâneo sabor Para finalizar a cospes porcamente. Presavas tanto o real alimento, Agora veio a horrorenta moda E nela te perdes sem alento. Forças tanto um eu imaginário Ainda te lembras da realidade? Cometes tanto atentado Por vezes te desculpas com a maioridade. No entanto insistes usufrui-la Com suco salivar envolto, Por ti um dia te darás Sem qualquer tipo de conforto.

Nosso mundo… Será ele mesmo nosso?

  Ele nos concede um tesouro denominado vida aberto com uma valiosíssima chave composta por um corpo e alma resultando no final no nosso ser. É através dela que podemos explorar o que chamamos o nosso mundo e ele não é o tão falado mundo mas sim aquele que nos pertence, faz parte de nos e na qual a saída não é possível retirando apenas a chave da fechadura, a chave tem que perder o seu composto.   Todos gostamos dele excepto quando o controlo sobre ele nos é perdido, mesmo que por instantes, parece que ele as vezes tende para mudar a sua antiga forma idolatrizada por nós.  Em todas as mudanças existem as que facilmente recebem a nossa aprovação e outras que dificilmente ou nunca aceitamos mas, não há alternativa… Elas inevitavelmente são feitas.   Odiávelmente todos te adoramos nosso mundo que nos possuis, apesar de todos muitos diferentes acabamos por ser semelhantes graças a todos os nossos pequenos mundos terem feitios tão iguais.

(In)atingível?

Imagem
Mulher de clara azulada pele, será que poderia ser como tu? Iluminada sempre com essa enorme luz amarela que fortemente provem da tua cabeça, inteligência não te deve faltar até formato de lâmpada contem. Muito tu gostas de relaxar sobre essa incompleta lua amarela, deixas-me desfrutar um pouco dela? Eu sei que ela é frágil e por um pequeno fio facilmente quebrável se mantém bem descolada do mísero chão castanho mas pareces sempre tão calminha ai em cima… Todas as noites essa tua essencial cabeça iluminada é indescritívelmente importante para mim pois consegues quebrar o feitiço colocado sobre o manto negro no céu, não desfazendo a cor do manto consegues o feito de fazer a minha visão ser funcional no meu pequeno mundo: o meu quarto. Nem imaginas como todos os dias te estou grato. Apesar de milagrosa essa tua luz tem um enorme inconveniente: gasta-se ao longo do tempo. Nisso sei que não somos tão diferentes pois quando te trocam essa cabeça é como se fizesses um repouso necessári

Lógica?

É lógico, o futuro é aberto. É lógico que a barreira exista. É lógico, nada é concreto. É lógico que eu persista. É lógico, preciso de afecto. É lógico que é lógico. É lógico, a lógica não é lógica. É lógico que este texto não faz sentido. É lógico, o sentido não tem sentido. É lógico que a minha lógica é ilógica.

O 24º post!

Porquê comemorar no 24 e não no 25? Simples o 25 por conter o 2 e um 5 me faz lembrar os meus anos coisa que eu não gosto muito de comemorar. Para mim é um feito enorme ter conseguido chegar a este número, a todos os que têm seguido e comentado principalmente aqueles que me criticaram para me ajudar a melhorar digo: Obrigado. Eu sei, é pouca gente mas é ela que me faz manter este blog no activo e talvez se não existisse qualquer insistência já estaria nas proximidades do fim. Enfim aqui vai mais um texto: 24? Será um pequeno número ou grande? Só sei que é um numero que alegremente o gosto de dizer pois 24 é o início de uma nova responsabilidade assim como maturidade. Isto na idade, eu só tenho 18 mas este blog já apresenta os 24.   Ao escrever nele vejo agora reflectido um crescer de pensamento. Ele é o espelho dos episódios da minha vida assim como meus raciocínios e ideias que viajavam na minha cabeça, e assim continuará a ser desde que o apoio existente con

Imperfeita Perfeição

     Quem te deu um nome desses? De certeza que se enganaram...Perfeição? Nunca vi tamanha ridicularizarão!     Só o facto de te terem dado um nome desses torna a ironia perfeita, ela nunca assentou tão bem como em ti, Perfeição!     Tens orgulho de te chamares assim? Só quem é cego é que procura desesperadamente por ti.     Serão eles cegos porque pretendem ou porque te pretendem? Tu é que poderias responder, com um nome desses nem na fala, na escrita e muito menos por gestos te expressas. És mesmo patética!          Sim há quem te alcance em sonhos, mas eles são meras fantasias algumas até realizáveis, mas quando é sobre ti a possibilidade de se realizarem é nula. Quantos sonhos tu pretendes arruinar com essa tua falsa perfeição?          Fazes-me conter uma enorme pena sobre ti pois com o nome Perfeição te desculpas mas nem os teus próprios defeitos és capaz de assumir. As vezes desconfio: Serás a imperfeição no seu maior disfarce? Se não essa tua mãe imperfeição educou-te bem i

Deformado corpo

Quente e luminosa alegre luz porque me fazes este sangue derramar? A cabeça me fazes doer até influencias o meu paladar... Vês por ti não me posso guiar tu estúpida luz apenas desejas o meu corpo lentamente deformar! E com o meu sangue pretendes o chão marcar. O meu sangue essencial, tu, luz pelo nariz tu o fazes sair as vezes pela boca ele viaja e, com água fria, rapidamente me fazes emergir. Rápido, por favor pára de me prejudicar! Por tanto me insistires por culpa de ti ás vezes no escuro prefiro ficar...

Monotomia do dia a dia

As 11 me levanto, um banho a seguir tomo. Para meu espanto acordo sempre sem fome. Não se assustem minha gente, na manhã o apetite é inexistente mas, ao longo do meu dia, o estômago para alargar e funcionar tende. A minha mãe para o trabalho vai, depois de eu comer sem fome. Mais tarde com amigos convivo ou o trabalho bem me fode! As 5 horas a minha mãe volta; Para o código me despacho e ai coloco em ordem todo aquele meu desleixo. Lastimávelmente exausto me encontro quando as 8 do código venho; Com a minha família me confronto no fim daquele vasto empenho. A seguir a mesa componho decorada de acessórios de cozinha; Na cadeira branca as energias reponho para comer aquela merecida comida. Para acabar o meu dia no computador fico entretido. As vezes pequenos textos faço para o blog se manter activo. E assim é a monotomia do meu dia a dia...

Descança em paz, António Feio...

Desta vez não vos deixo um texto meu, deixo uma mensagem deixada por um homem falecido à apenas 1 hora e uns minutos... Espero que tenhas uma merecida paz, grande e eterno actor.

O planeta bizarro

   Naquele planeta bizarro todos os seres aparentam ser felizes, os seus trabalhos eram feitos com uma imensa alegria e nem sequer chefes ou pessoas de maior hierarquia havia necessidade de existirem. Todos eram iguais e quando algum problema surgia, por mais pequeno que ele fosse, agiam todos em comunidade para encontrar a solução.    As árvores eram amarelas esverdeadas que contrastavam com um chão azul claro que de tão limpo e estimado que estava qualquer semente plantada dava frutos, frutos tão saborosos que nem sequer o paladar humano consegue usufruir de todo o sumo suculento ao seu máximo. O céu era laranja e apenas uma vez de muito em muito tempo se faziam as noites que para eles eram um terror autêntico lançado através de um feitiço dos vizinhos planetas invejantes da sua felicidade.    Claro que não existe regra sem excepção, debaixo da água daquele aparente feliz planeta existiam seres revoltados por serem completamente infelizes. Eles possuíam poderes inimagináveis pois c

Duvidas?

Das minhas já duvido tão incertas elas são… Que já me perseguem até há minha exaustão… Mesmo que o meu cérebro mande vontade própria elas têm… E no meu pensamento elas prendem até acordado me mantêm… Da certeza eu preciso para o meu pensamento incerto; De uma presença necessito para colorir o existente preto; Um texto incerto sobre as dúvidas escrevia até ser novamente interrompido pela dúvida incerta na minha cabeça...

O representante

   Todos os domingos me acordavam faltando 30 minutos para as 11:30 e a minha mãe me dizia: "Vai á missa!" - Naquele tom tão obrigante.    Eu ia, pois pensava que ali iria aprender algo…    Mas aprender de quem? De um homem que nos fala de um Deus bom que de bom nada faz?    Nem mesmo esse homem que tão bem diz daquele senhor sabe dar um bom exemplo de bondade...    Muitas vezes quando por certa rua ando, crianças brincam e riem pelas suas brincadeiras e palhaçadas ao seu lado é visível um grande edifício branco, se parece com um palácio de ricos que apenas olham para o seu umbigo...    E o seu dono? Quem é? É aquele homem que se diz seguidor de Deus cujo quer a bondade em todos os homens... Ele construiu aquele palácio com uma palavra que ele chama de fé como desculpa de ser bom para a comunidade...    Qual comunidade? Aquela que só a pode usar nos fins-de-semana para actividades que seriam muito melhores ao ar livre... Enfim mentiras usadas para esconder seu ego

O Ceu também ensina...

Para as nuvens brancas eu olho Elas sim me acalmam Naquele movimento suave me acolho Que discretamente a imensa luz destapam Elas sim são a imagem de mudança Do imenso cinzento elas aparecem E me enchem com a enorme esperança De uma enorme chama aparecer    Olhei mais atentamente e uma pequena nuvem se dividia, parecia que ela tinha vontade própria mas coitada passados uns meros minutos em pequenos pedaços ela se dividia até desaparecer por completo... Pobre nuvem, só queria a sua independência mas a sua inveja pelas nuvens grandes a fez desaparecer, tal e qual como os homens que se separam do que é realmente importante tentando repisar os outros sem sequer uma proporção do seu tamanho conterem... Pequena nuvem, espero que tu sirvas de inspiração para aqueles homens pequenos de todos os dias que da inveja vivem para que não desapareçam na sua insignificância e que mudem a sua atitude face ao seu pensamento naquilo que eles chamam de vida.    Agora as Nuvens de N grande ui..

Socialmente Crítico

Putos e pitas no poder como é que isto pode ser; O futuro está a morrer e os pais nada querem fazer... Precisamos de um stop JÁ! A esta estúpida geração em que mesmo os parentes próximos contribuem para a arruinação! Vimos portugueses pela selecção de vuvuzelas de mão em mão mas o que de bom todos temos eles nunca apoiarão... Precisamos de nos apoiar JÁ! Nesta vida sem emersão em que apenas o nosso futebol se encontra na nossa centralização! Vivemos da importação no supermercado pergunto: Como o poderam esconder? E quantos pensam: da arte vamos viver Mas aqui só há valor após morrer ou após o estrangeiro nos reconhecer... Precisamos de nos valorizar JÁ! Nesta vida sem imaginação em que mesmo o talento escasso se encontra na escoação! Vemos o nosso desespero a crescer e o nosso povo de esperança morrer... Assim como a nossa invertida evolução resultado da nossa antiga ilusão.

O Mudo que falava

Todos olhavam para ele e diziam "Ele não fala!" "Mas que misero aspecto." Todos o diziam e se contradiziam Se ele não fala-se o seu aspecto não existia, as suas marcas não seriam vistas, a sua expressão de tristeza não demonstraria nada... Aqueles olhos me contavam uma historia tão triste de uma vida que de tão triste que era os riachos agora por mim choram. Pobre mudo falante que tudo diz e ninguém o ouve De suas palavras faço a de todos os que merecem ser ouvidos Mas não te esqueças que houve alguém que te ouviu.

Vida sem vida...

Na vida me apodrecia, Na incerteza vivia, pensando que mais tarde morreria, Do amargo renascia, A grande amizade surgia... Mais tarde o sofrimento aparecia Tanto aquele desejo me apetecia Talvez ele me possuía... Nas Rimas tudo escrevi O que era vida sem vida Mas tarde descobri que o grande mal estava naquela raiz

O nada... não existe?

Nada? Será aquele vazio presente aqui? Mas esse vazio existe como pode ser Nada? Porque tu, Nada tão mas tão presente aqui estás? Já que não existes porque não desapareces? Bem Nada de ti estou farto Mas de mim tu tanto gostas, enfim pena de ti tenho será que sou tão importante para ti? Tu Nada, a mim não me és nada Na insignificância a tua morte vai doer Pois importância já tu acabas-te por perder Enfim do Nada o Tudo veio E de Tudo virá Tudo Mas do Nada não virá mais NADA.

A derrota vencida

No desespero te perguntei com sinceridade me respondes-te claro que bem não fiquei e sem saber porque mais tarde me comoves-te naquele momento na derrota estava ainda tentei lutar com o que restava no meu corpo até que dei em mim numa fraqueza que predominava e muitas feridas estavam causadas mas no fim de derrotado, tu estendes-me a mão e dizes: luta e eu perguntava: onde? com que objectivo? por quem? e tu por tuas palavras respondes-te: em qualquer lado, pela tua felicidade e por ti nunca me senti tão bem apesar da derrota, aliás quem seria aquele adversário? seria a infelicidade, a desesperança? apenas sei que ganhei um novo sentido para lutar e não foi o meu adversário que me ajudou a descobrir mas sim a amizade que me disse tais palavras e a ela digo: Obrigado