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Um texto um pouco diferente

Natal Pessoas tornam-se falsas Mentiras solidarias contam Mas é Natal, é Natal e Claro! Ninguém leva a mal. Natal é ser solidário, ser amigo do próximo, é a festa em família e também ser o que não se foi quase um ano para muitos... Ou seja muitos guardam a bondade para esta época quase como se fosse um alarme cerebral a dizer: Agora poderás ser uma boa pessoa! Não me levem a mal, não é que não goste do Natal mas porque não fazer um ano natalício? Seria realmente fantástico! Ajudar quem precisa, aproveitar os poucos momentos que sobram em família e o mais complicado de tudo: Tornar a falsidade em verdade! Outro aspecto é o tão famoso egoísmo no que toca aos presentes das crianças, incapazes de raciocinar tão facilmente como uma pessoa mais velha, são bombardeadas com enormes doses de publicidade que lhes cria um enorme bicho do consumismo: querem tudo o que vêm e não têm e no final nunca dão valor ao que lhes oferecem. Porque não dar os brinquedos que não se usam a outros? Ou aqueles...

Escuro

Existe o preto predominante Nele um só ser nos tornamos O pânico existe, constante  Será esta a crua realidade? Tenho os meus olhos abertos No escuro já nem pestanejo Estou preso, sei que há saída E a visão mostra-me o desejo. Tantos tons do mesmo visualizo. Ilusão de óptica será o que vejo? Na clara escura cor interiorizo Em meu eu surge o forçado bocejo. Será que quero sair? A cabeça pensa... A mão com a maçaneta conferencia A indecisão na inconsciência pesa Tão quente… Até meu eu inferniza!

Ele mudou

Ilustre fonte de inspiração Aparece de alguma forma... Já nem escreve com pensamento Coisa que parte dele se torna. Antes ele pensava e pensava... e escrevia Lógicas e raciocínios reflectidos Pronto! Agora escreveu sem pensar Estará ele a perder os seus sentidos? Mudou eu sei mas o que posso fazer? Evitei mas enfim foi maior que eu... Será que quero voltar ao antigo meu? O texto que o corpo sem mente escreveu.

A máquina de escrever

Não pensa, escreve! Não imagina, escreve! Não transpira, escreve! Não desenvolve, desenvolvem-na! Não cria, foi criada! Não expressa, outros expressam! Não sorri, outros riem! Não chora, outros a molham... Não descreve, descrevem-na! Não é automática, é manual! Não é humano um humano, é máquina.
Uns mexem olhos mortos da alegria, Estão satisfeitos os infelizes, Os exigentes tendem facilitar E os tristes sempre festejar. Trabalhoso é o laser, É penoso as pernas estender, Até a cerveja é árdua de beber Para os que nada é fazer. Nos cegos de saudável visão Vistam-se com grande exaustão; O espelho se refaz com falsidade Reflexo de uma vida de inverdade...   Os Fracos com tudo, lutam! Nos músculos os fortes se escondem... Lá no fundo gritam: fujam! Quando de um peixe grande se fingem... E perseguido de cobardia O contrario se contraria. A imaginação que antes fluía Acabou de desaparecer na maresia...

O Sonho do sonho

   Acordei com a sensação de ter libertado mais de mil lágrimas.    Não me surge na minha pesada cabeça o tal maldito sonho… Este músculo é demasiado complexo para a sua percepção. É boa a sensação de esquecimento mas seriam lágrimas de tristeza ou felicidade?    Se de felicidade fossem estarei feliz pela minha perda, seria péssimo lembrar de algo tão bom e não real.     Na alternativa se fosse triste talvez ficasse aliviado por não serem verdadeiros os acontecimentos.     Sonhos que a mente nos proporciona na complexidade dos sentimentos indecifráveis futuramente, se não forem lembrados. Era estupendo possuir o poder do controlo deste dom…    Bem mas anular sentimentos, esquecer as mágoas, seria uma utopia ou maldição? A fuga da felicidade poderia ser cometida e não estariam na nossa memória vestígios destas acções… Enfim questões se colocam na minha parva cabeça. Raios para o meu tramado pensamento não apareças nova...

Alimento

925 milhões esperam O teu precioso talento. Porque não te ofereceram? Eles cada vez são menos. Barriga cheia outros têm Egoísmo não lhes falta Nem boa saúde contêm Até o colesterol têm em alta! Alimento és cheio de ambiguidade Nuns é cheia a necessidade Noutros vazia é a caridade... Equilíbrio precisamos na sociedade.